sexta-feira, 28 de março de 2014

Para Vencer o AVC

     Quem conhece minha trajetória sabe por quantos tratamentos e exercícios passei na última década. Tudo foi muito importante e trouxe progressos, porém não foi o essencial para a minha recuperação. O primordial, para mim, foi minha necessidade e, sobretudo, vontade, de retomar minha vida. Para não ficar só no blá-blá-blá, darei de exemplo uma atividade minha de ontem:

     Decidido a sair um pouco de casa, fui com um amigo a uma peça de teatro - muito boa, por sinal, e de graça! - no Teatro da Fiesp, na avenida Paulista. O trajeto incluiu metrô até a estação Paraíso. Poderíamos ter pego a linha verde e descido duas estações depois, na Trianon/MASP, que fica bem em frente ao imponente prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), mas decidimos ir caminhando. Uma boa e agradável caminhada, normalmente, porém ontem havia um clima de tensão no ar. Havia centenas de policiais militares, tanto na avenida quanto sobrevoando a área de helicóptero. Logo soubemos que estava em curso uma manifestação contra a Copa naquele momento. Parecia haver mais polícia que manifestantes, talvez por isso tudo tenha transcorrido pacificamente. Como reflexo dos protestos, encontramos os portões da Fiesp fechados - por precaução anti-vandalismo. Mais uma caminhadinha foi precisa para acessar o teatro pelos fundos do prédio, na Alameda Santos. Após cerca de 30 minutos de espera, adentramos a sala de espetáculos. Logo teve início a peça "A Madrinha Embriagada". Trata-se de uma adaptação de Miguel Falabella de um musical homônimo, em cartaz originalmente em 1928, no Teatro São Pedro. A peça é muito divertida e conta com excelentes performances de grande elenco. Continua em cartaz no teatro da Fiesp nos próximos meses, com entrada franca.

Paulo Coutinho,
28/mar/2014

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